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MÁSCARAS AFRICANAS

Videoaula com abordagens explicativas,

culturais e performáticas

     

     A máscara é um adereço que cobre o rosto para ocultá-lo, chegando muitas vezes a caracterizá-lo para enfatizar alguns atributos, características e mesmo personificar em rituais cênicos, religiosos e culturais. Em tempos remotos elas aparecem de forma marcante como afirmação efetiva da passagem do homem pela história como ser ativo e agente cultural. Num sentido de simbolismo, religiosidade, estética visual e mesmo como parte dos seus rituais, encontramos vestígios das máscaras desde a Pré-História.

     Chega na Antiguidade como elemento dramática marcante no teatro grego, quando os atores usavam máscaras de madeira para caracterizar os personagens e ajudar na projeção da voz com a ajudar da acústica teatral e o formato da boca das máscaras. Atualmente no teatro contemporâneo as máscaras ainda persistem, mas em vez de serem de materiais diversos como madeira, couro e argila, foram substituídas pela maquiagem teatral. Em alguns casos, em proposta como do diretor Grotowisky as máscaras são obtidas através da própria expressão fácil e trabalho elaborado dos atores.

     No final da Idade Média e início do renascimento as máscaras, abolidas do teatro medieval, reaparecem no teatro denominado de Commedia Dell’Arte. São meias máscaras com material bem mais leve que as usadas no teatro grego e bem mais coloridas e alegre. Todo o horror e dramaticidade agora dão lugar ao gênero cômico. Essas máscaras tal qual eram vistas naquela época ainda podem ser apreciadas em nossa cultura popular e festividades carnavalescas. Sejam cômicas ou de cunho trágicos, as máscaras instigam o imaginário das pessoas, ao mesmo tempo que esconde, revela por meio do simbólico sua representação visual em dada a cultura ao qual ela pertença.

     Na cultura africana estas máscaras assumem um simbolismo e encantamento que prevalece até hoje, apesar do preconceito de outras culturas por associá-las aos demônios. O próprio Picasso identificou a relevância e força dessa arte, levando-as para os salões europeus ao retratá-las em seu quadro “Les Demoiselles d’Avignon” em 1907. Além da estética, misticismos e poder que envolve essa arte há também uma sedução ao retratar o ser humano em sua essência original, primitiva e pura. É assim que Picasso mostra as mulheres pertencentes a cabarés da periferia de Paris, muito mais humanas, repletas de sentimentos e história que definiu cada traço e marca presente nestas “máscaras” como tantas outras usadas pela sociedade e suas próprias convenções sócias.

     As máscaras africanas que remetem a antiguidade são verdadeiras relíquias e obras de arte que nos remetem ao passado e proporciona um maior entendimento sobre a cultura de um povo. A arte de produção dessas máscaras prevalece até hoje e o artista que as confecciona são verdadeiros escultores que além da técnica de esculpir também precisar compreender sobre a cultura de seus antepassados e religiosidade. Além da posição de destaque que este artista ocupa naquela sociedade, fica a cargo dele criar e fornecer todas as esculturas usadas em cerimônias e rituais, não apenas para consumo e ornamentação atribuídas por inúmeros turistas que as procuram. O resultado de cada peça tem seu valor não apenas pela estética e tradição, mas pela abordagem espiritual próprias de cada uma elas. Não se trata de um adereço admirado visualmente ou de um artesanato, elas vêm imbuídas de uma força que reafirma aquele povo que apensar de inúmeras lutas e injustiças sociais mantém viva sua cultura e espírito guerreiro.

     As religiões afro-brasileiras sofrem influências das culturas trazidas pelos negros desse continente. O candomblé apresenta em seus ritos muitos elementos africanos em seus rituais cênicos como máscaras, adereços, roupas e a própria representatividade dos seus deuses.

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MÁSCARAS AFRICANAS: videoaula explicativo sobre a temática arte e cultura, logo após um convite à prática pedagógica de confeccionar uma máscaras, destinada a performance dramática ou exposição.

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