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ESCOLA DE TEATRO DE TAGUATINGA

    A ideia da montar uma escola específica de teatro surgiu a partir de um projeto pedagógico em uma escola pública do DF. Observou-se o quanto os jovens estavam carentes de entretenimento e cultura. E após esta constatação fez-se necessário um projeto que por meio da arte fosse capaz de resgatar esses jovens da violência, das drogas e do descaso social, integrando-os a atividades mais saudáveis e ao ambiente escolar. 

      Como não houve interesse por parte do governo em investir na educação e na cultura de pólos mais carentes da Capital, a solidariedade e vontade traçar um destino diferentes a estes jovens falou mais alto, assim surge a primeira escola de teatro de Taguatinga. 

    Além de cursos de teatro, produção e apresentação de espetáculos culturais e educativos, o espaço era um Teatro de Bolso com 50 lugares.  Funcionou de 2002 a 2006, deixando muita saudade àqueles que frenquentaram e participaram das apresentações. O que motivou o término das atividades não foi somente a falta de recurso para investir num projeto desse porte, mas também a necessidade de um espaço maior para acolher uma quantidade maior de público, atendendo a demanda e barateando as produções.

TEATRO EM TAGUATINGA

 

 

Foto: Franca Vilarinho.

 

    Por Renata Cladas.

 "Quem mora longe do Plano Piloto se cansa de dar  desculpas por excluir espetáculos teatrais do roteiro. Basicamente, é tudo distante e caro. Ao menos este mês, moradores de Taguatinga têm leque variado de peças bem perto de casa. É o projeto Cultura para Todos, oferecido pela Escola de Teatro Rosa Pires, que fica no Pistão sul.

     Durante todos os fins de semana de agosto,quatro peças se revezam no Teatro de Bolso de Taguatinga, na própria escola, com capacidade para 50 pessoas. O projeto apresenta textos de diferentes épocas, dos gregos a brasileiros contemporâneos. (...)

       Para a professora Rosa Pires, é importante oferecer entrada franca para promover a formação de plateia.  "Muita gente não vai ao teatro e diz que não gosta, mas na verdade nunca viu uma peça. Moro em Taguatinga e percebo isso por aqui", constata."

    Jornal Correio  Braziliense, 6 de agosto de 2004.

Teatro: Augusto Jantar
Teatro: A Mais Forte de August Strindberg

TEATRO AO ALCANCE DE TODA COMUNIDADE​

 

Foto: Franca Vilarinho.

Alunos de escola de Taguatinga apresentam-se de graça

      

      Por Patrícia Resende

       "Entre mais de 140 escolas de Taguatinga, há apenas uma específica de teatro, a Cia Rosa Pires. com apenas dois anos de existência e 18 alunos, o grupo prepara para, começar este mês, uma série de espetáculos, que serão apresentados no Teatro de Bolso de Taguatinga, localizado em uma sala comercial no Pistão sul, onde acontecem os ensaios. 

       Os alunos participaram de todas as etapas de construção das peças, desde a escola das obras até a costura do figurino, o que resultou em quatro espetáculos de gêneros distintos, mas que são grandes clássicos. 

        O primeiro, que estreia no próximo sábado, baseia-se na obra expressionista A Mais Forte, de August Strinberg. (...)

       Um monólogo também compõe a série teatral. Prometeu Acorrentado conta a história mitológica do Deus grego Prometeu, preso em suas próprias angústias. 

    É uma peça muito para pensar em si - comenta a estudante Priscila Malcher, de 21 anos, que teve de pesquisar sobre o assunto para aprofundar sua interpretação.

      Além das peças que discutem questões excessivamente psicológicas, a companhia preparou outros dois espetáculos, baseados em obras de escritores brasileiros, que criticam segmentos da sociedade atual. Em Augusto Jantar, um casal de ex-ricos promove um jantar com muito glamour, mas em comida. Já em Deus lhe pague, a história é sobre dois mendigos. 

    A escola não possui nenhum tipo de apoio financeiro do GDF ou da Administração de Taguatinga, mas todos os espetáculos têm entrada franca, mediante retirada com antecedência de convites. 

      - A gente tem um público certo: a própria comunidade. Eles nos cobram quando acontecerão as apresentações - afirma Rosa Pires, diretora da escola. 

     Ela já procurou recursos governamentais, mas teve seus pedidos negados. As séries de apresentações foram condensadas no projeto Cultura para Todos, enviado para avaliação da Secretaria de Cultura. Assim outros 112 projetos de grupos do DF na área teatral, a proposta não obteve patrocínio."

    Jornal do Brasil, 2 de agosto de 2004.

     NOVOS RUMOS

      Em 2006 encerramos as atividades da Escola de Teatro por motivos maiores e por acreditar que alguns projetos tomam rumos diferentes daqueles que idealizamos para eles, este ficou maior que aquela pequena sala e extrapolou os limites daquelas paredes. Com o universo digital e tecnológico o teatro acabou assumindo outras características inerentes à outras linguagens, como no vídeo e no cinema. O projeto continua em prol da Arte-Educação no mesmo formato mas em outros espaços, e engatinha rumo às infindáveis possibilidades na Arte Digital

NOTA:

Outros artistas locais também apresentaram-se no Teatro de Bolso de Taguatinga no qual participações da produção. Leia mais.

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