
Foto: Franca Vilarinho.
LONGA CAMINHADA
de 2009 a 2014.
Muito mais preocupada com meu equilíbrio espiritual que com o tamanho do meu corpo, passei a pensar na obesidade de uma forma diferente. Não desconsiderando a importância de alimentação mais saudável, o bem estar pessoal e social, mas agora tinha novos desafios e motivos com que preencher minha mente: meu filho.
Precisava recomeçar, trabalhar, cuidar da minha saúde e estar bem (corpo e mente). Só assim poderia cuidar de outra pessoa com toda dignidade e amor que ele merecia.
Tive muitos problemas de saúde nesse período, engordar foi a consequência e não a causa. Com problemas na coluna, vesícula, intolerância a lactose, alergias e depressão, o meu único problema real era o desequilíbrio emocional. E todas essas energias estavam plasmando em meu corpo físico. Cuidando da mente restabeleci meu equilíbrio e tudo ficou literalmente mais leve.
A arte teve um papel importante nesse processo, pois funcionou como uma arteterapia e não como um trabalho ou profissão. Fosse o artesanato, o teatro, as aulas práticas de artes, os ensaios ou mesmo uma música, tudo me tranquilizava e me dizia a todo instante que se cheguei até ali é porque era capaz de ir mais longe.